quinta-feira, 18 de outubro de 2012

IBGE traça o perfil de casais que se separam e formam novas famílias

Com o aumento do número de divórcios, houve um crescimento significativo de famílias reconstituídas, formadas por casais com filhos de apenas um dos cônjuges ou com, pelo menos, um de cada.
Renata Capucci Rio de Janeiro - Jornal Hoje - Globo.com


Pela primeira vez, o IBGE traçou o perfil das famílias formadas por pessoas que se casaram de novo. De acordo com o Censo 2010, são as chamadas famílias reconstituídas, que representam 16% dos casais com filhos. A pesquisa mostra também que há mais divorciados, solteiros e uniões sem casamento no civil ou no religioso.

O retrato da família Médici é espelho do resultado dessa pesquisa. Marcio e Sherazade, juntos há oito anos, são pais de Gael e Lorenzo. Além dos meninos, tem também a Mahara, do primeiro casamento da mãe, e a Natália, do primeiro relacionamento do pai. "O caos, na maioria das vezes, organizado é maravilhoso", opina Marcio.

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Esse novo modelo familiar leva a novas questões para a análise da Justiça. Há até casos de pedido de pensão para a madrasta ou o padrasto de uma criança após a separação de um casal. “Vai levar em conta a necessidade dessa criança, se realmente sem o auxílio do padrasto ou madrasta, vai modificar a vida dela de uma forma muito agressiva”, explica a advogada Alexandra Ullmann.

Em contrapartida, padrastos e madrastas também podem ter direito a conviver com enteados após um divórcio. “Hoje nós temos vários casos de separação que dá direito de visita ao padrasto e a madrasta”, afirma a advogada.

O Censo também mostra que 36,4% dos relacionamentos no país não são formalizados. Em 2000, esse percentual era de 28,6%. Neste período, o número de divorciados quase dobrou e os solteiros continuam sendo mais da metade da população.

O número de solteiros que já viveram uma união conjugal aumentou 20% - hoje, eles são quase 15% dos brasileiros, com maior concentração no Rio de Janeiro.

A pesquisa constatou também um aumento na proporção de famílias sob responsabilidade exclusiva da mulher. Pela primeira vez, o IBGE mediu a responsabilidade compartilhada, quando as despesas são divididas pelos responsáveis da casa. Esse é o caso de 15,8 milhões de famílias.

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