terça-feira, 30 de outubro de 2012

Chinês processa esposa porque ela fez plástica para ficar bonita

Jian Feng disse que pensava que beleza dela era 'natural'. 

Ele desconfiou após mulher dar à luz uma 'criança muito feia'.
Do G1, em São Paulo
Um chinês pediu o divórcio e processou a mulher depois que descobriu que ela havia feito uma cirurgia plástica para ficar mais bonita antes de eles se casarem, segundo a imprensa local.

Chinês processou a esposa após descobrir que ela havia feito plástica. (Foto: Reprodução)


Jian Feng alega que foi enganado pela esposa, pois ele acreditou que a beleza dela era natural, e não formada a partir do bisturi de um cirurgião.

Feng ganhou uma indenização de cerca de R$ 245 mil.

Feng disse, em audiência no tribunal, que estava profundamente apaixonado por sua esposa, até que ela deu à luz uma menina.

Segundo ele, a criança era muito feia, sem semelhanças com ele ou a esposa.

Feng acabou descobrindo que a mulher havia passado por uma cirurgia plástica e pediu o divórcio.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Catherine Hakim: "Ter um caso faz bem ao casamento"

A socióloga Catherine Hakim diz que traições discretas revigoram as relações matrimoniais – e que, quando descobertas, elas deveriam ser toleradas
Por: NATHALIA ZIEMKIEWICZ - Revista Época
Pesquisadora da london School of Economics, a socióloga inglesa Catherine Hakim gosta de desafiar a moral vigente. Em 2011, ela publicou Capital erótico, livro em que defendia o direito de usar a beleza para subir na vida. Agora, aos 64 anos, acaba de lançar The new rules: internet dating, playfairs and erotic power (em tradução livre, As novas regras: encontros pela internet, casos rápidos e poder erótico), sem previsão de publicação no Brasil. Para escrevê-lo, Catherine entrevistou usuários de sites para infiéis. Eles contaram a ela que são felizes no casamento e que buscam parceiros sexuais na internet apenas para suprir a falta de sexo, comum na vida dos casais. Catherine defende essa atitude. “Gostar de comer em casa diariamente não nos impede de ir ao restaurante de vez em quando.”
PRAGMÁTICA
A socióloga britânica Catherine Hakim. Em seu novo livro, ela diz que as traições conjugais tornam os casais mais felizes (Foto: Camera Press/Eamonn Mccabe)

ÉPOCA – Há evidências de que os casamentos mais duradouros são aqueles em que ocorrem casos extraconjugais?

Catherine Hakim – As pesquisas mostram que, nos países com menor taxa de divórcio, os casos extraconjugais são mais aceitáveis e praticados. Nos Estados Unidos, onde a infidelidade é vista como pecado e não se tolera a mínima escapada, metade dos casamentos termina em divórcio. Na Europa, há uma cultura de que a fidelidade sexual no casamento não é tão importante assim. Não é à toa que, na Espanha e na Itália, a taxa de divórcio fica em torno de 10%. Nesses países, os estudos revelam a alta incidência de casais em que cônjuges já tiveram um ou mais casos durante o relacionamento. Casamentos começam e terminam por várias razões. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, as mulheres dizem largar o marido depois de alguma evidência de um caso. Hillary Clinton foi publicamente execrada por não ter se separado depois da exposição do caso entre seu marido, Bill Clinton, e a estagiária Monica Lewinsky.



ÉPOCA – Trair, então, é a receita para manter um casamento feliz?
Catherine – Não, só estou dizendo que um caso não é grande coisa. Acho exagero esse conceito que rotula a infidelidade como um terrível desastre e que, se acontecer em sua casa, é sua obrigação pedir o divórcio. Meu livro retrata as experiências de homens e mulheres que usam sites de encontros para ser infiéis. A razão mais comum para eles recorrerem a isso é um casamento sem sexo suficiente. Eles tentam encontrar quem também quer preencher essa lacuna. Para essas pessoas, ter um caso é uma ótima forma de manter um casamento feliz. Nos anos 1960 e 1970, era imoral ver jovens solteiros fazendo sexo antes do casamento ou morando junto. Agora, essas coisas são aceitas. Da mesma forma, sexo fora do casamento virou algo factível. A ideia ainda choca, apesar de ser difundida nesses sites. Hoje, sociedades como a França entenderam que a fidelidade sexual é uma questão de escolha e não pode ser imposta. Isso não tem a ver com poligamia ou relacionamento aberto. A dinâmica é outra, porque você esconde o caso.


ÉPOCA – Quem procura um caso está infeliz em casa?
Catherine – Não necessariamente. A maioria dos entrevistados para o livro estava feliz com o casamento e não queria que nada afetasse as circunstâncias familiares. Até por isso s
se preocupavam em manter o caso com discrição. Eles não pensavam em se separar do cônjuge. Nem em se apaixonar ou viver um grande romance com outra pessoa. Queriam coisas que a relação, depois de três ou quatro anos, não consegue mais oferecer.


Acho que a jovem amante tem o direito de exigir jantares, presentes
caros e viagens bacanas para compensar a exploração


ÉPOCA – Que coisas são essas?
Catherine – As pessoas usam esses sites de encontro porque o casamento virou uma espécie de celibato. Para elas, essa é a solução para permanecer no casamento. Outras têm casos pela excitação e pela aventura, mesmo que o sexo no casamento esteja ótimo. Ambos os sexos sentem que, depois do período “lua de mel”, acaba a novidade. O outro se torna familiar e não causa tanta excitação. As pessoas gostam da segurança de um casamento, mas também sonham com fortes emoções. Querem se sentir atraídas e desejadas. Os casos oferecem de volta a empolgação com o jogo sexual, a fantasia aventureira, a afirmação da individualidade. A ideia de que os casos são proibidos e envolvem risco deixa tudo mais interessante. Cada sexo age de forma diferente quanto a isso. As mulheres, em geral, buscam nos casos a atenção que às vezes não recebem do marido. Os homens são instigados pela fuga da rotina e pela chance de ter mais sexo do que em casa.


ÉPOCA – A senhora diz que o impacto da internet na sexualidade é comparável à
invenção do anticoncepcional. Por quê?
Catherine – A pílula separou sexualidade de fertilidade. Libertou as pessoas para transar sem finalidade de reprodução e sem medo de engravidar. Descomplicou o sexo casual. Os sites de encontro para infiéis facilitaram a vida de muita gente. Reuniram pessoas que não querem terminar o casamento, mas desejam sexo sem envolvimento emocional. São relações simétricas, em que as duas partes concordam em manter um caso escondido para não constranger o marido ou a mulher.

ÉPOCA – Discrição é uma das regras dos franceses, que a senhora chama de “experts” em infidelidade. Quais as outras lições deles?
Catherine – As pesquisas na França estimam que um quarto das pessoas casadas legalmente já teve pelo menos um caso na vida. Na Inglaterra, apenas um entre dez homens e uma entre 20 mulheres admitem. A principal lição dos franceses é não trair com alguém de seu círculo social, uma vizinha ou um colega de trabalho. Primeiro, para evitar fofocas e preservar a dignidade do cônjuge. Segundo, porque é mais fácil romper o caso se houver indícios de paixão. Lá, eles não se gabam da infidelidade para os amigos. Os encontros, que ficam em segredo, são em elegantes jantares e viagens. Das 5 às 7 da tarde, depois do expediente, é comum as pessoas casadas saírem com seus amantes. A maioria dos casais sabe que os casos são efêmeros e não justificam o fim da vida construída a dois.


ÉPOCA – Há quem diga que é impossível restaurar a confiança e permanecer na relação. Sua sugestão é ignorar a traição e seguir em frente?
Catherine – Sim. Esses casos costumam não envolver sentimento e passam logo. Claro que a sociedade pressiona para que você se sinta mal pela infidelidade do marido ou da mulher. A fofoca é um poderoso mecanismo de pressão social. Se você tem um relacionamento que vale a pena, consegue superar. Um bom caso extraconjugal pode até melhorar o casamento, à medida que deixa as pessoas mais felizes e bem-humoradas. Um bom caso é aquele que não deixa a pessoa excessivamente ansiosa ou distante da mulher ou do marido. É algo leve, sem cobranças.

ÉPOCA – Por que a senhora diz que as amantes de homens ricos e poderosos têm direito a benefícios financeiros?
Catherine – O tradicional caso extraconjugal sempre foi entre um homem casado e uma mulher solteira. Ele costumava ser mais velho, poderoso e bem-sucedido. A amante era uma figura jovem e atraente, mas pobre. É o exemplo do executivo e sua secretária. Considero esse tipo de relacionamento injusto. Em geral, a amante espera se casar, e o homem, para não perdê-la, alimenta a esperança de que abandonará a mulher. Não há igualdade nessas circunstâncias, como haveria entre duas pessoas casadas, no mínimo. Acho que essa amante tem o direito de exigir jantares e presentes caros e viagens bacanas para compensar a exploração. Na China e no Japão, homens jovens têm casos com mulheres ricas e mais velhas na expectativa de ganhar presentes em dinheiro, roupas, carros... Não entendo por que o mundo ocidental se incomoda com isso. É natural que pessoas ricas possam bancar essa generosidade.

ÉPOCA – Por que a senhora afirma que a longevidade é culpada por trairmos mais hoje do que séculos atrás?
Catherine – Antes do século XVIII, os casamentos duravam em média 20 anos, porque as pessoas morriam cedo. Hoje, vivemos 80, 100 anos. E podemos ficar casados com o mesmo companheiro por mais de seis décadas. É um tempo razoável para nos entediarmos. Os casais viram mais amigos que amantes românticos. Isso ajuda a explicar por que buscamos mais casos extraconjugais hoje em dia. Na Inglaterra, nas pesquisas nacionais sobre sexo entre 1990 e 2000, a porcentagem de homens e mulheres que admitia ter casos dobrou. E esse número subiu em 2010.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Estudo: 'Fifa 13' é responsável por 12% dos divórcios na Inglaterra


Centro e trinta e cinco pessoas na Inglaterra apontaram 'Fifa 13' como responsável pelo fim de suas relações
Foto: Divulgação
Um estudo realizado pelo site VoucherCodesPro apontou que Fifa 13 foi o responsável por 12% dos divórcios recentes no Reino Unido. Dos 1.124 novos solteiros entrevistados para a pesquisa, 135 pessoas apontaram o simulador de futebol da EA Games, lançado no país em 28 de setembro, como o principal fator de "deterioração" da relação.

Dos 12%, metade deles alegaram que passavam mais tempo jogando Fifa 13 do que com seus parceiros, enquanto outros 31% disseram que o jogo causou uma mudança no espírito da relação. Além disso, 13% das 135 pessoas apontaram que a data limite de transferências de jogadores foi um ponto crítico no divórcio e 9% culparam problemas na conexão para jogos online como o motivo do fim.

Porém os culpados não são todos homens. A pesquisa aponta que 13% dos viciados em Fifa 13 era do sexo feminino. "Nós tivemos Cinquenta tons de Cinza causando problemas durante o verão, mas parece que 'Fifa tons de Cinza' é outra obsessão que dominou", disse Geoge Charles, do VoucherCodesPro.co.uk. "As pessoas veem videogames como uma quebra da realidade, mas parece que o mundo virtual também pode causar implicações na vida real". (Terra)


IBGE traça o perfil de casais que se separam e formam novas famílias

Com o aumento do número de divórcios, houve um crescimento significativo de famílias reconstituídas, formadas por casais com filhos de apenas um dos cônjuges ou com, pelo menos, um de cada.
Renata Capucci Rio de Janeiro - Jornal Hoje - Globo.com


Pela primeira vez, o IBGE traçou o perfil das famílias formadas por pessoas que se casaram de novo. De acordo com o Censo 2010, são as chamadas famílias reconstituídas, que representam 16% dos casais com filhos. A pesquisa mostra também que há mais divorciados, solteiros e uniões sem casamento no civil ou no religioso.

O retrato da família Médici é espelho do resultado dessa pesquisa. Marcio e Sherazade, juntos há oito anos, são pais de Gael e Lorenzo. Além dos meninos, tem também a Mahara, do primeiro casamento da mãe, e a Natália, do primeiro relacionamento do pai. "O caos, na maioria das vezes, organizado é maravilhoso", opina Marcio.

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Esse novo modelo familiar leva a novas questões para a análise da Justiça. Há até casos de pedido de pensão para a madrasta ou o padrasto de uma criança após a separação de um casal. “Vai levar em conta a necessidade dessa criança, se realmente sem o auxílio do padrasto ou madrasta, vai modificar a vida dela de uma forma muito agressiva”, explica a advogada Alexandra Ullmann.

Em contrapartida, padrastos e madrastas também podem ter direito a conviver com enteados após um divórcio. “Hoje nós temos vários casos de separação que dá direito de visita ao padrasto e a madrasta”, afirma a advogada.

O Censo também mostra que 36,4% dos relacionamentos no país não são formalizados. Em 2000, esse percentual era de 28,6%. Neste período, o número de divorciados quase dobrou e os solteiros continuam sendo mais da metade da população.

O número de solteiros que já viveram uma união conjugal aumentou 20% - hoje, eles são quase 15% dos brasileiros, com maior concentração no Rio de Janeiro.

A pesquisa constatou também um aumento na proporção de famílias sob responsabilidade exclusiva da mulher. Pela primeira vez, o IBGE mediu a responsabilidade compartilhada, quando as despesas são divididas pelos responsáveis da casa. Esse é o caso de 15,8 milhões de famílias.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Festas de divórcio viram mania nos Estados Unidos: será que a moda pega por aqui?


Armar um festão é moda lá fora, mas comemorar a separação também será assunto da próxima novela das nove
A confeiteira Mariana Boll e o bolo criado para uma festa de divórcio
Foto: Jean Schwarz / Agencia RBS Judith Newman
Tom Carling recebeu um presente inusitado, algo que vem se tornando mais comum em certos círculos: chá de divórcio.

- Na verdade, eles o chamam de chá dos descasados, que é como um chá de cozinha para divorciados - conta Carling, um designer gráfico de Manhattan. - Noivas ganham coisas para a casa, e eu ganhei uma festa para repor as coisas que minha ex havia levado embora.

Organizada por amigos íntimos, incluindo Elizabeth St. Clair, uma advogada de Manhattan, a festa encheu sua casa de utensílios básicos, como um novo jogo de tigelas, e lhe deu um livro de receitas "à prova de idiotas" que lhe permitirá alimentar sua filha adolescente ou impressionar uma namorada.

- Você pensa que isso é algo pequeno? Pois não - garante Carling. E explica: - A cozinha é um espaço íntimo, e se você foi casado por 25 anos como eu, você cria vínculos com os itens mais usados.

As refeições, acrescenta Carling, "eram os momentos em que eu me sentia um coitado solitário, e o chá de divórcio me deu essa sensação de que eu possuo a força para seguir em frente" - e também os jogos de pratos.

Não entenda mal: não é como se todos estivessem organizando divórcios como se fossem casamentos - embora exista uma loja em Londres, a Debenhams, que possui uma lista oficial de divórcio, e algumas pessoas abrem suas listas em sites normalmente reservados para casamentos.

A menos que Katie Holmes esteja planejando algo, há poucas chances de que um chá de divórcio de celebridades apareça na capa da US Weekly - embora a separação de Shanna Moakler e Travis Barker, e seu bolo com uma noiva loira segurando uma faca sangrenta sobre restos mutilados do noivo, tenha sido um texto interessante.

Organizadores de grandes festas vêm relatando um significativo aumento no número de pessoas que celebram o fim de um casamento não com lágrimas, mas com um estrondo (às vezes, literalmente: há uma empresa inglesa de fogos de artifício que pode ser contratada para festas de divórcio, escrevendo as palavras "finalmente livre" no céu noturno).

Existem especialistas em planejar festas de divórcio, e há também um site, odivorcepartysupply.com, onde se pode "celebrar sua nova liberdade" com tiaras de chifrezinhos que se acendem, rosas de caule longo - e, para aquelas tentando libertar um pouco da raiva, piñatas em formato de pênis.

- As pessoas não costumam chamar essas comemorações de chás ou festas de divórcio - afirma Marcy Blum, organizadora de eventos e autora de Weddings for Dummies. - A motivação é mais do tipo: "Venha celebrar minha nova vida (e talvez me dar um presente)".

Por exemplo, Blum fez uma festa com tema "Alice no País das Maravilhas" nos Hamptons, para um cliente rico e idoso cujo terceiro casamento, com sua instrutora de yoga, havia saído dos trilhos. - Por que Alice no País das Maravilhas? - pergunta Blum. - Bem, era algo lúdico, e foi uma boa desculpa para convidar muitas jovens mães com seus filhos.

O cliente faleceu recentemente, mas não antes de se casar mais uma vez, disse Blum, "com uma mulher que tinha um décimo de sua idade.

Ela também apontou que, como agora homens e mulheres homossexuais já podem se casar em muitos Estados dos EUA, eles também terão o direito de se divorciar - podendo significar que os chás de divórcio se tornarão ainda mais frequentes.

De certa forma, o surgimento do chá de divórcio não é assim tão surpreendente. Com uma probabilidade de sucesso de apenas 50% para o primeiro casamento - e percentuais ainda piores para o segundo e terceiro, caso você esteja pensando que o amor é mais amoroso da segunda ou terceira vez -, parece haver um desejo social de comemorar, e até mesmo celebrar, o que vem se tornando uma etapa cada vez mais comum na vida das pessoas.

- Tradicionalmente, todo grande evento tem uma celebração: casamento, formatura, o que for. Mas quando você se divorcia, você está sozinho - diz Christine Gallagher, proprietária da empresa de eventos Divorce Party Planner, em Los Angeles. - Um chá de divórcio é uma maneira de criar um ritual onde você ganha o apoio de amigos e familiares. Vejo isso como algo bastante saudável.

Em nome de uma boa saúde mental, ela organiza festas com temas como Sobrevivente, onde ela monta a casa como uma ilha deserta (ajuda se você morar em Los Angeles e tiver uma piscina) e atores desempregados vestidos com sarongues servem drinques tropicais - enquanto 50 Ways to Leave Your Lover e Hit the Road, Jack tocam no sistema de som.

- Acabo de fazer uma festa de Dia dos Mortos para um amigo que queria homenagear a morte de um casamento - disse Gallagher. - Tínhamos velas em caveiras por toda parte. E achamos uma piñata de bolo de casamento, o que foi fantástico.

Mesmo assim, nem todos estão convencidos de que festas de divórcio são uma boa ideia.

- Como terapeuta, minha opinião é que as pessoas devem fazer o que for necessário, guardadas as devidas proporções - argumenta a escritora e ex-psicoterapeuta Amy Bloom. - Como ser humano, minha opinião é: o que há de errado com essas pessoas? Certo, se você tinha um cônjuge que todos odiavam, tudo bem, alugue uma suíte no Ritz-Carlton. Mas se você estiver sendo honesto consigo mesmo, o divórcio é um período bem ambivalente. Seria mesmo o momento de jogar confete rosa pelo ar? As pessoas estão um pouco desesperadas demais por rituais e comemorações.

O judaísmo possui uma cerimônia religiosa para o divórcio: o get, que é uma maneira de santificar o final de um relacionamento.

E segundo o site beliefnet.com, muitas comunidades cristãs vêm lutando com formas para incorporar o divórcio no ritual religioso (imagino que a cerimônia cristã seria similar à judaica, mas com caçarolas em vez de peixe defumado). Se os rituais não são definidos em nossas igrejas e comunidades, talvez desejemos criá-los nós mesmos.

Esse parece ser o caso de Martha Torres, de Thousand Oaks, na Califórnia - que, após 30 anos de casamento, perdeu 13 quilos e organizou uma festa de "renascimento" imediatamente após pedir o divórcio. Um ano depois houve uma continuação, com uma festa "Ainda estou de pé", para celebrar sua independência financeira.

- Quando algo fora de seu controle acontece em sua vida, você pode decidir pesar 150 quilos e andar com um rosário, ou você pode fazer algo para retomar sua vida. Uma festa nem sempre é apenas uma festa. Ela pode servir como uma ponte para uma nova vida - analisa Martha Torres.

Será que a moda pega por aqui?
Por Gabrieli Chanas

Novela dita moda em roupa, corte de cabelo e até nome de bebê. Salve Jorge, que vai suceder Avenida Brasil, promete lançar por aqui - ou pelo menos colocar nas rodas de conversa - a moda da festa de divórcio. Já na terceira semana no ar, a personagem de Cléo Pires irá promover um festão para celebrar a separação. Ousada, vai aparecer de vestido de noiva e gritando aos quatro ventos a felicidade com a vida nova. Os mais recatados vão arrepiar os cabelos: as cenas prometem doideiras dignas de Carminha.

Por aqui ainda não existem profissionais especializados em comemorar o descasamento, como acontece nos Estados Unidos. O assunto, quando aparece, até surpreende. A confeiteira Mariana Boll, que todo mês entrega dezenas de bolos para casaizinhos felizes, teve que usar a imaginação para criar um bolo de divórcio, atendendo pedido de Donna. Deixou de lado o marido esfaqueado e o sangue escorrendo - como fez Shanna Moakler - e apostou num bolo colorido, que celebra a nova fase da dona da festa. Ele traz uma mulher bonita, segura de si, muito disputada e pronta para iniciar a busca por um novo amor.

Festa de divórcio ainda pode parecer uma coisa de outro mundo, mas se você puxar pela memória, provavelmente vai lembrar de já ter ido a uma. Por estas bandas, a separação não costuma ser brindada com pompa - até porque nem sempre há motivo para comemorar um divórcio - mas com um chope num barzinho com as amigas mais próximas. Daí para uma festa de arromba ficam faltando apenas o convite, o bolo, contratar uma banda, providenciar as lembrancinhas, encomendar fogos de artifício...


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Discovery Home Health exibe 'Divórcio: Os Filhos Primeiro'


Documentário acompanha separação de três casais e o cuidado com os filhos

Apesar da situação, pais concentram seus pensamentos no bem-estar e necessidades dos filhos Foto: Discovery Home & Health, Divulgação

O Discovery Home & Health exibe neste domingo, às 23h, Divórcio: Os Filhos Primeiro, documentário em que três corajosos casais convidam o público a testemunharem o fim de seus casamentos. Enquanto lutam para controlar a raiva que sentem da situação — e de seus ex-parceiros — e o medo de encarar uma separação, eles não deixam de concentrar seus pensamentos no bem-estar e nas necessidades de seus filhos.

Este programa mostra novos tipos de divórcio, como o chamado divórcio colaborativo, que está sendo implementado no Canadá. A base dessa nova estratégica é o resultado de estudos sobre separações que apontam que os casais que se afastam amigavelmente criam filhos crianças emocionalmente tão estáveis quanto aquelas cujos pais ainda vivem juntos.